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Dando visibilidade à escultura, fotografia e pintura, contamos com uma exposição coletiva inserida num solar do século XVI. Ana Ferreira, Burpli, Carolina Veigas, Filipa Alfama, Francisco Correia, Inês Rebeca, Nuno Trigueiros, Pendura e Susana Moreira, unem-se neste espaço num diálogo entre a natureza e o quotidiano espelhando mundos imaginados e outros por desvendar, o limbo entre o estar e não estar, o presente e o futuro, o natural e o artificial, o cómico e o sério. 

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Ana Ferreira, 27 anos. 

Licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
Entre 2017 e 2019 conta com a participação em algumas exposições coletivas anuais das quais Galerias Abertas, na faculdade de Belas Artes de Lisboa e 12 x 12, na Galeria Arte Graça. Entre 2018 e 2023 integrou a exposições coletivas realizadas no âmbito dos Prémios: Prémio Paula Rego, na Casa das Histórias Paula Rego, Prémio de pintura D. Fernando II, no Museu das Artes de Sintra e Prémio Arte Jovem Fundação Millennium BCP, no Not a Museum. Expôs ainda coletivamente em espaços como o Museu Militar de Lisboa, Museu de São Roque e a Sociedade Nacional de Belas Artes. 

O trabalho artístico mais recente consiste na representação de elementos naturais e artificiais, concretos ou de cariz mais etéreo inseridos em composições que pretendem desafiar a perceção de escala, forma e matéria. Imagens que possam, por vezes, assumir um ambiente de leveza e imaterialidade do corpo ou, por outro lado, mais presente, destacando a materialidade do objeto, apresentando-o como parte de um gabinete de curiosidades. 

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Sou uma flor chamada Beatriz Burpli, é assim que me gosto de apresentar. Tenho 29 anos e sou de Lisboa. Sou uma artista plástica multidisciplinar e tatuadora. Entre 2010 e 2013 concluí o curso de produção artística – cerâmica, pela escola artística António Arroio. Entre 2013 e 2016 Licenciei-me em Artes Visuais – Multimédia pela de évora, onde me especializei em escultura. Durante estes anos participei em várias exposições colectivas e fui co-fundadora de uma galeria de arte -T10. Em 2016 fui para a Finlândia, integrada no Mestrado Práticas Artísticas. Em 2017 decidi mudar a minha vida e fui viver para Hamburgo, na Alemanha, onde comecei a Pintar e a tatuar. Aí morei 4 anos. Depois disso decidi voltar a viver em Lisboa. Em abril de 2023 fundámos a Mosca Estúdio, um espaço dedicado a tatuagem e serigrafia. Espaço este está integrados na associação cultural Com Calma, em Benfica, Lisboa. 

Desde o regresso a Lisboa, tenho participado em vários eventos culturais onde costumo tatuar. Tenho desenvolvido diversos projectos na área da serigrafia, tanto comerciais como projectos de autor. E, por fim, mas não menos importante, faço parte de dois grupos de teatro de improviso. Teatro Playback é um teatro comunitário, que é improvisado e que vive das narrativas orais. O segundo grupo e teatro de improviso multidisciplinar composto por corpo música e artes plásticas.

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Carolina Veigas (Sintra, 1998). 

É uma artista transdisciplinar que trabalha o desenho sobre papel, tecido, cerâmica, etc. Faz associações a partir do quotidiano transportando-as para a prática de atelier enquanto forma meditativa. Demonstra atenção sobre a natureza, a questão de lugar e pertença.

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Lisboa, 1996. Filipa Alfama é uma artista multidisciplinar, que desenvolve o seu trabalho nas artes visuais e performativas. Concluiu o curso de Arte Multimédia na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa (2018), o curso de Fotografia (II) no Ar.Co (2020) e o Mestrado em Comunicação e Arte na FCSH (2023). Participa regularmente em exposições e residências artísticas por todo o país. O seu objetivo como artista é criar obras que sejam instrumentos do pensamento crítico sobre a urgência de uma relação sustentável entre a cultura humana e o ecossistema. 

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Francisco Correia, nascido e criado em Lisboa em 1999, é um artista multidisciplinar focando-se maioritariamente entre a pintura, escultura, performance e vídeo. Estudou na Escola Artística Antônio Arroio e em 2023 licenciou-se em Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. O seu trabalho procura explorar as fronteiras entre o imaginário e o quotidiano, utilizando o material como principal veículo narrativo.

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Susana Moreira.

Com a minha passagem por Escultura, fui encaminhada para a ideia de presença no espaço, influenciada a experimentar corpos e objectos que marcavam literalmente a sua presença num lugar, oferecendo-nos realização do espaço que ocupávamos. Acrescentando a influência do cinema, traz o encanto pela atmosfera, a conexão com o ritmo lento e a relação com o que está a nossa volta. Fez-me continuar a caminhar para outras formas de expressão onde a presença não tinha de ser obrigatoriamente representada com um objecto num espaço físico, palpável.

Basta a sensação e a emoção transmitida. 

Ainda com o elemento de sempre, a presença e o espaço que ocupamos, acrescenta-se outras influências; curiosidades científicas e a necessidade de descobrir e entender o universo que nos alberga, a relação que temos com o sentimento de contemplação, a capacidade de perguntar sobre o que nos rodeia e o que nos trouxe até aqui, o querer ir mais além e relacionar isso com a arte. A ciência, o espaço, o cosmos e temáticas do Romantismo Alemão são grandes referências do trabalho.

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Inês Rebeca, nasceu em Lisboa, onde reside e trabalha atualmente. Iniciou o seu percurso na escola António Arroio, onde concluiu o curso de Realização Plástica do Espetáculo. Ingressou posteriormente na licenciatura de Pintura, na faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e na Magyar Képzömuvészeti Egyetem, Budapeste, Hungria. Continuou a realizar outras formações, dentro das quais Art Management, na University of Arts of London. Desenvolveu trabalho no campo das artes cénicas em 2016, como aderecista assistente para a Companhia Nacional de Bailado e expõe o seu trabalho no campo das artes visuais desde 2017. Tem trabalhado ainda na vertente de curadoria.

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Onun Trigueiros (n. 1997) considera-se um pintor e colecionador de imagens, um artista multidisciplinar vindo de contextos periféricos inspirados pela comunidade da Linha de Sintra, onde nasceu, cresceu e vive até hoje. Estudou Produção Artística – Gravura e Serigrafia na Escola Artística António Arroio, em Lisboa. Presentemente exprime-se através de várias técnicas, incluindo pintura, colagem, foto-montagem, serigrafia ou desenho. Sua prática promove a convergência entre os universos das artes urbanas e das artes plásticas, contribuindo ativamente para um estabelecimento progressivo no mundo da arte institucional. Através da temática dos “selos”, o artista consolida a sua identidade visual num processo criativo que emerge de antigas coleções de selos, e de um novo olhar sobre a realidade que o rodeia. Ele é um membro ativo do coletivo Unidigrazz e frequentemente colabora com outros artistas. 

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Pendura”, pseudónimo artístico de Pedro Nascimento, é oriundo dos subúrbios da cidade de Lisboa. Nascido a 21/01/1998 foi de tenra idade que se manifestou o gosto pela criatividade e desenho. Há quem diga que um Plano B tira força e foco ao Plano A. No entanto, Pedro Nascimento sempre viu com bons olhos as diversas ramificações que se podem criar em torno do Plano A. Posto isto, o artista ingressa no ensino superior, onde se forma em Mediação Artística e Cultural, na Escola Superior de Educação de Lisboa e após o término da licenciatura torna-se Mestre em Teatro, na Escola Superior de Teatro e Cinema. O sonho de ser autor mantém-se sempre muito presente ao longo do seu percurso académico. Nos últimos anos a criação de diferentes obras foi se intensificando. Desenhar todos os dias tornou-se num hábito. O vício pela evolução e descoberta é real. 

O autor só dá descanso aos fins-de-semana para viver, ou quando está doente ou tem um compromisso de força maior que o impossibilita de seguir o seu sonho. O trabalho de Pedro Nascimento, é uma tômbola de pensamentos intrusivos, uma projecção da sua vida pessoal em situações peculiares e embaraçosas. O humor e a tragédia aconchegam todos os recortes e colagens que compõem as suas obras.